O papel fundamental do arquétipo fraterno na estruturação e no estabelecimento da vida adulta individual é inegável, ainda que desprezado. Irmão e irmã são figuras poderosas em nossas vidas na constituição de nossos padrões de relacionamento maduro. A cura das eternas feridas dessas relações é uma tarefa para a vida toda, já que, potencialmente, essas são relações que nos acompanham por toda a vida.
No entanto, é nítido que a psicologia profunda e a cultura de uma forma geral têm negligenciado uma observação mais detalhada e uma reflexão teórica mais apurada sobre esse tema, tendo voltado seu olhar com maior intensidade e interesse para as relações com o pai e com a mãe. O irmão, contudo, como uma imagem primordial na alma, está presente na evolução psicológica de cada indivíduo (ainda que seja ele um filho único), e de cada cultura, e sua influência projeta-se inevitavelmente na história e na construção de nossas ligações com amigos, companheiros, parceiros, sócios e colegas.
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