Hystera e Phallós – O Claro-Escuro dos Caminhos de Eros – Clara Rossana Ferraro de Sá

Ano de Publicação: 2007

Ano de Publicação: 2007

Intenção e essência do Amor

 

Vários anos passaram-se desde o primeiro encontro. Acordei em êxtase! Sonhei que entrava num templo dourado, resplandecente! À direita, três enormes e largas colunas. Em frente, no final do salão, uma linda mulher, belíssima! Ela estava deitada sobre uma espreguiçadeira entalhada e folhada a ouro. Apoiava-se sobre o braço direito, enquanto o esquerdo acenava no ar. Seus cabelos entrelaçavam-se em joias inimagináveis. Vestia vermelho e dourado. O decote deixava os seios fartos à mostra, esperando por duas crianças pequeninas que vinham correndo ao seu encontro. Do outro lado das colunas, uma odalisca e a sombra de um príncipe encantado saindo pela coxia de um teatro. A beleza daquela cena invadiu minha alma.

Tocada pelo desejo, lancei-me na paixão pelo Inconsciente. Livros e livros alimentados pelo encantamento da iniciação abriram caminho para a tentativa de compreensão do Inconsciente Coletivo e seus Arquétipos.

Jung passou a espiritualizar minha vida e, nos estudos sobre mitologia, encontrei o significado daquele encontro. Eram Afrodite, Eros e Anteros, no templo do Amor, sustentado pelas colunas do Belo, do Nobre e do Bom que são qualidades a serem desenvolvidas pela alma em busca de purificação, dentro do seu ciclo de reencarnações.

Na celebração do Ser, do mundo e suas relações, tendo o amor como essência, constrói-se o caminho que conduz à Beleza em si, contida no Eterno. Kallon Kai Agathon, o Belo e o Bem, constituem a nobreza de Ser. Todos nós ansiamos por Amor, o bem supremo! Desejamos a plenitude.

Afrodite clama a criação de um Cosmo mito poético, fonte da Beleza em si. É a necessidade de Amor, do Encontro e da Resposta ao Amor. O tempo mítico é um tempo simbólico. Nessa perspectiva, o Olimpo está em todo lugar, e o Mito de Criação grego é o legado, a fonte da sabedoria ocidental.

A base para uma mitologia da Criação está na fascinação pelo mundo e em sua mais perfeita manifestação: o Ser Humano, em sua passagem pela existência terrena. Esse é o foco do pensamento e do imaginário gregos, uma fonte de sensibilidade e estética. Essa fonte exige uma completa liberdade de espírito, desprovida de qualquer forma de dogma ou proibição, bem como uma participação do indivíduo em uma comunidade de iguais e a fascinação pela beleza do mundo. (Jean Pierre Vernant)

Ao reconhecer à primazia da Imagem, Jung transporta-nos para o legado mítico produzido pelos sonhos coletivos, contados e recontados através do tempo. O amálgama que liga essas imagens, buscando coesão, é Eros, um princípio de ligação. O erótico enlaça, abraça o desconecto e une, em amor, a alma fugidia, carente de conhecimento, debatendo-se em sua mortalidade e desejante de eternidade. Os arquétipos determinam padrões de relação intrapsíquicos que revelam os complexos de ordem afetiva, nos quais nos vemos enredados e sofremos a necessidade de repeti-los. Na repetição, vamos fazendo alma, reconectamos a história individual à história coletiva e sentimo-nos verdadeiramente humanos.

Segundo Campbell (1988),

…os mitos antigos foram concebidos para harmonizar mente e corpo. A mente pode divagar por caminhos estranhos, querendo coisas que o corpo não quer. Os mitos e ritos eram meios de colocar a mente em acordo com o corpo, e o rumo da vida em acordo com o rumo apontado pela natureza. Uma imagem arquetípica tem o poder de orientar-nos, trazendo o conhecimento acumulado na memória coletiva sobre as experiências da alma e os processos que ocorrem na psique objetiva.

 

Reimaginar, remitologizar, recontar são necessidades constantes do fazer Alma. Para Hesíodo, antes de tudo, existiu o Abismo, que designa aquilo que é sem fundo, o mundo das profundezas ou das alturas indefinidas.

O Eros primordial nasceu do Caos, o Abismo insondável, juntamente com Gaia e Tártaro. Como princípio cósmico, Eros é a força de coesão, o princípio de ligação. Eros gera o arquétipo do Amor personificado pela Afrodite Oceânica. Ela nasce nas águas, da espuma do mar. Um borbulhar do esperma de Urano. Água e sal, ritmo. O envoltório que a conteve eram os órgãos genitais do pai, caídos, ceifados para o mar, grande matriz da vida, da fertilidade.

A sexualidade compulsiva e brutal de Urano que impedia a criação de ocupar seu lugar no Cosmo foi interditada por Cronos, o arquétipo do Tempo. Ele tirou-a da eternidade. Em sua origem, Afrodite conhece a divisão dos opostos, sendo ela mesma a deusa que revitaliza os opostos, favorece a união, conhece os segredos da fluidez, dos movimentos do mar, o vai-vem das ondas, similar aos jogos de amor, à penetração fertilizante. Essa é a Afrodite Oceânica, arcaica, que percorre todo o corpo, nossa água de amor, nossa energia corpórea. Ela é a deusa da umidade, da sensualidade, do desejo e do prazer. Cada célula é percorrida na fluidez afrodisíaca. Seu vermelho encanta por dentro, brinca com nossa alegria de sentir.

As emoções circulam, dançam sua dança da eterna beleza do Ser. Ser vivo. Memória íntima do Ser. O instante eterno do Amor! Afrodite tem o poder de transmutar o prazer sexual em êxtase e, como deusa alquímica, portadora das grandes transformações da personalidade, participa dos mistérios da transmutação do instintivo em espiritual, do vermelho do sangue ao azul da Unio Mentalis, religando todo o ser em luz. Divino êxtase, revitalizador.

Nos caminhos de Eros, como filho de Afrodite, obediente aos seus desígnios, ele é o eterno impulso relacional em busca de realização. Aspira plenitude. Rege as metamorfoses da Alma. Ele é o desejo ardente, o fogo e a vida. É o impulso para as relações. Como potências primordiais, caracterizam-se pelos excessos, pela paixão desmedida. A vaidade e a beleza divina de Afrodite permitem a inconsequência e a malícia do arrebatamento de Eros, livre e belo.

Formam o númen do Amor, que seduz e prende os simples mortais; submete-os e cega-os; enfeitiça e desorganiza. São as forças irracionais que possuem uma finalidade transcendente e só se revelam à Psique que se submeter e cumprir as tarefas necessárias. A recompensa exige a entrega total.

Afrodite humaniza-se através de Eros e nasce na Alma pela submissão de Psique.

A beleza suprema do Amor e sua relação com a Psique Individual são o legado mítico de Eros e Psique; o Amor na alma individual que sofre diante da morte e seu desejo de imortalizar-se.

Aceitar e suportar seu próprio destino é a base necessária para o desenvolvimento do Amor.

No contato íntimo consigo mesmo, na Alma, campo da experiência do Ser e sua finitude, fundamenta-se a possibilidade do encontro com o outro Ser.

Na Psicologia Analítica, recupera-se o campo do simbólico com a finalidade de religar a psique individual aos seus padrões coletivos, restituindo o significado perdido. A ideia de profundidade sugere que a imaginação primária consiste em ver o particular, de alguma maneira, incorporando e expressando um significado mais universal. Na medida em que se adentram as imagens, encontra-se uma forma básica, primordial, arquetípica.

No Cosmo Grego, percorremos os padrões de desdobramento das forças arquetípicas para a humanização do Amor num corpo divinizado, sacralizado pelo êxtase. Porém, no desdobramento histórico da consciência humana, o tempo mítico transforma-se em tempo linear, materializa-se em conquistas que institucionalizam o desejo, escravizam o corpo. O herói mítico transforma-se no Cavaleiro que, sob o signo da espada, vence as forças da natureza, descorporificando-a, desvitalizando-a, abstraindo-a.

No processo de purificação em direção ao supremo Bem, Eros transforma-se em Philia, amizade, um caminho natural rumo à Beleza e à Sabedoria. Porém, Eros, sob o domínio do Estado e da Igreja, subverte-se na possessividade. O complexo do Grande Inquisidor e do Tirano controlam cada detalhe de espontaneidade, mecanizando-a, tirando-lhe a vida.

Neste terceiro milênio, a alma individual está sendo desafiada na plenitude de sua criatividade. O ser humano, como a mais sublime das manifestações da natureza, está em perigo de extinção. Cego em seu racionalismo, esgota-se em cisões que trazem o pânico do aniquilamento. A alma dilacera-se em compulsões e ignora o caminho de retorno a si mesma. Em meio ao caos, o desejo de amar descontrola-se nas paixões, querendo satisfação eterna.

Faz-se necessário refletir sobre o feminino, identificado com o Patriarcado que aprendeu a exigir guerreiros, a usar palavras afiadas e desafiantes, que incitam a força combativa e fazem-nos perder o respeito ao Ser, para sermos arrebatados pelas conquistas. A alma deseja a relação amorosa, mas a alma possuída pelo tirano deseja, passivamente, ser amada e entrega-se à morte. Não deseja, mas é desejada. Posse e abandono pervertem Eros, produzem agressão, potência de combate, e a espera passiva pelo amor inatingível traduz-se em insaciabilidade.

Atualmente, vivemos o excesso das manifestações das forças no padrão patriarcal e somos impelidos pela necessidade de encontrar um novo caminho que equilibre essas forças que chegaram num ponto de cisão. A raiva acumulada nos anos de isolamento do Ser, rejeição e ausência, invade violentamente, vinga-se da nulidade, rouba-lhe o discernimento.

Apresenta-se a possibilidade de explosão. Aniquilamento pela fissura nuclear ou metamorfose? Dois imaginários em oposição ecoam, e o ser humano grita pela possibilidade de metamorfosear-se a partir da integração do corpo e seu tempo cíclico, um retorno ao feminino regenerador da vida.

A integração da sacralidade do corpo tornou-se uma necessidade racional. O racionalismo patologizante das funções do instinto perdeu o foco principal gerador de vida: a consciência do Sacro, o centro de confluência das forças, gerador e renovador de energia.

Metamorfosear-se, passar de uma forma à outra, gerar imagens que criem uma paisagem reflexiva, imagens sensuais num corpo sacralizado. Faz-se necessário reimaginar o Sacro, espaço corporal onde acontece a distribuição das forças inferiores e superiores; nele, localiza-se o centro corporal, o equilíbrio para o movimento e as transformações das tensões em Ação, qualidade do instinto. O segredo das potências das forças geradoras do Novo, nos seus polos instintivo e espiritual estão abrigados pela estrutura do Sacro.

Uma consciência sensorial, visceral, reafirma o domínio da personalidade, pois coloca a sexualidade no campo da ética. Torna-se um compromisso com a vida; convida o anseio da alma para a beleza e a magia de Eros.

O desejo quer se tornar consciente para livrar a alma da angústia existencial de uma vida vivida sem Amor, sem fidelidade a si mesma. O retorno do Ser Estético e sua relação com o Ser Ético promovem o novo Ser Espiritual, que é capaz de unificar-se e retornar ao campo do Amor.

O homem estético, sensual, é um sedutor que se alimenta das imagens. O apelo dos sentidos desperta as imagens. As imagens tornam o Eros visível, a Alma viva, Psique; a Psique da imagem, a vitalidade do instinto, o instinto dentro da imagem.

Na história do Ocidente, observa-se a fuga da imagem por medo de seu poder. A tendência à abstração, ao olhar distante, delibera e determina. Subjuga o sensual, subtraindo-lhe o Encanto, matando a Beleza. No entanto, o estado fluído de Eros, fonte de ligação, é dotado de intenção. Ele guia a saída do isolamento no mundo Ideal para uma nova forma de comunicação. O silêncio da solidão da alma moderna pode voltar a imaginar e encontrar o mistério do renascimento da vida, descrito nos Mitos, o movimento cíclico de renovação, reconhecendo os deuses, os padrões adormecidos na caverna escura da Iniciação.

Os Mistérios de Elêusis guiam-nos nessa descida ao desconhecido. Eram o culto mais democrático na antiga Grécia. Todos podiam ser iniciados desde que falassem o idioma grego, para que pudessem compreender e repetir certas fórmulas secretas, não tivessem as mãos manchadas de sangue e nem fossem réus de impureza sacrílega. No último dia do culto, consagrado à Epoptéia, à visão suprema, à consumação dos mistérios, a grande cerimônia iniciava-se com o Hieròsgamos, o casamento sagrado, material ou simbolicamente consumado pelo Hierofante e a sacerdotisa de Deméter (numa câmara subterrânea mergulhada nas trevas); os iniciados olhavam: para o céu – “chova”, para a terra – “conceba”. No final, o Hierofante apresentava à multidão, mergulhada em profundo silêncio, uma espiga de trigo. A significação religiosa da espiga de trigo reside no sentimento natural de uma harmonia entre a existência humana e a vida vegetal, a terra, a qual sozinha tudo gera, nutre e recebe de volta. Morrendo no seio da terra, os grãos de trigo, por sua própria dissolução, configuram uma promessa de novas espigas: a morte fértil.

Os Mistérios celebravam o casamento sagrado de Zeus e Deméter ou seu desdobramento nas profundezas de Hades e Perséfone. Em sua celebração, o Sacerdote descia em uma caverna, onde permanecia por um tempo; ao retornar, todos estavam cercados por tochas, e o sacerdote exclamava: “O Brimo divino deu à luz a criança sagrada Brimos; o forte gerou a força” (Brimo, Ob-Rimon: a deusa da serpente sublime).

Catábase, descida ao interior do Hystera, o útero úmido, protegido e fértil que recebe a semente de luz, código divino da nova vida. Um encontro do espírito na matéria opaca e sem vida proporciona a Anábase, a subida, o princípio de ascensão espiritual, o Phallós e a reconexão com o sagrado, eternizado no Amor, misterioso elixir alquímico que tudo transforma em unidade.

Hystera e Phallós. O redondo e o cilíndrico, formas primordiais, essência da união mística, trazem em si as possibilidades de renovação. O Feminino em si, potência de conter, tem no Hystera-Antron-Útero o receptáculo da Criação, capaz de conter o espírito de luz, lúmen naturae, centelha divina. Na qualidade da espera, deixar formar o novo; proteger para transformar; acolher a verticalidade cansada de descer e impulsioná-la para sua ascese. O escuro opaco é preenchido e eleva-se, expandindo-se em luz. Do outro lado, o Masculino em si, potência plena de sentido, movimento de significar e diferenciar, verticalizar a Criação. O Phallós, ação de elevar, espiritualizar, compõe o fascinum erectum. O mistério da vida jorra no êxtase das possibilidades contidas nessas formas primordiais.

Segundo Taylor (citado por WRIGHT, 2004, p. 90), baseado em Platão, o mito de Deméter representa a evolução da parte de auto avaliação de nossa natureza, a que denominamos intelecto, e Perséfone é aquela parte vital e animada que chamamos Alma. Plutão significa a natureza material. Assim, a caverna simboliza a entrada da Alma num corpo terrestre. Seria a deserção de uma vida guiada completamente pelo intelecto, representado pela separação de Deméter e Core/Perséfone.

A transformação do corpóreo em espírito, em pneuma, configura a desliteralização; a matéria bruta e opaca, ausente de sentido, transforma-se, muda de forma, ganha consciência.

Eros, como conhecimento, faz-nos retornar aos ciclos femininos. O Eros Dionisíaco, participante dos mistérios, abre as portas para o conhecimento do Outro; ensina a receber o diverso sem destruí-lo; celebra tanto o masculino, quanto o feminino. Dioniso anseia pela compreensão do diverso. A diferença deve ser integrada, o erro, a imperfeição.

Na incompletude, busco aperfeiçoamento através do Outro e aprendo a respeitá-lo, a celebrá-lo como coparticipante do mistério da vida. Quanto mais conhecemos o Outro, mais nos transformamos. É ele próprio, o ser humano, que necessita refletir sobre sua humanidade entrelaçada em sua individualidade.

Em plena transição, estamos recuperando o campo dionisíaco das emoções e sua função de transformação. Aqueles que aceitam o desafio e engajam-se nos caminhos do Eros Dionisíaco, recebem a recompensa da revitalização. Aqueles que resistem e insistem no racionalismo recebem toda a gama de distúrbios psicossomáticos que o complexo destrutivo possa valer-se na intenção de provocar a transformação. Dioniso quer transformação, e aqueles que se opõem encontram sua ira destrutiva.

No processo de transformação, as emoções reprimidas, destituídas de valor, entendidas como negativas e prejudiciais são revisitadas em seu significado alquímico. No corpo, como um vaso alquímico, um Hystera, as sensações passam para o campo dos sentimentos. A raiva sadia descasca a inércia da preguiça, desnuda a essência! É fogo ativo, correndo em liberdade; ele quer forjar a beleza, a expressão em si, ausente de significado. Ele move, empurra a tristeza para todos os lados, quer a luxúria da floração, vingando a depressão constrita, o descaso do criativo falo potente de luz, Phallòs.

Necessitamos transformar a dor da repressão, desatando os nós da raiva da essência feminina queimada na fogueira e recuperar o gozo no prazer, e não na dor de negar a si mesma. Sair do abandono, sentir o impulso, deixar-se erotizar para a vida, recuperar o dragão energético vindo do pântano, da umidade, do húmus da própria terra. Descer. Retornar ao toque; suave encontro com o sensível. É o retorno ao escuro, à noite geradora, às paredes do útero com seu poder de agarrar a vida nova que está sendo gerada. Função central do poder do amor.

A esfera religiosa feminina, a sensualidade receptiva da caverna da iniciação busca, no instinto, a fonte para a plenitude do ser, deixando fluir para o alto a potência da vida nova. A liberdade do ser é feita do claro-escuro, nuances dos opostos, entre as alturas e as profundezas que dançam o fio da vida. Na solidão, a forja da agressão inútil. O recolhimento ético deixa crescer as mãos que acolhem e acariciam em beleza tudo que tocam. Enraízam a certeza.

Tocar o intocável, a vida indestrutível, o princípio de Dioniso. Fermentação e renovação do Ser pelo Ser! O ser humano amoroso pede passagem; é a obra de arte! O estado de unidade no espírito e o estado de multiplicidade na alma, integrados e vivenciados no corpo, templo do mistério do ser, constituem o processo de redenção da matéria: Sofia.

Essa infusão de uma consciência feminina como receptáculo de um espírito transcendente, compreendido como a luz masculina, conquistando, em sua ascensão aos céus, as forças da escuridão, transforma tais forças em Alma. O resultado é um realinhamento da energia masculina em uma parceria com o feminino consciente. Dessa forma, o trabalho do fazer alma não só entra em foco, mas suas dinâmicas são confirmadas triunfalmente como o próprio solo da atividade criativa (WOODMAN, 2006, p.42).

Hystera e Phallós, em parceria. Alteridade possível. Um corpo individual consciente; um corpo coletivo consciente. Consciente das diferenças, consciente das igualdades, cuja meta é a plena manifestação do espírito.

 

Referências

CAMPBELL, J. O poder do mito. Entrevista a Bill Moyers. NY: Multimídia LOG-ON / Cultura Marcas, 1988. 1 DVD.

WOODMAN, M. A feminilidade consciente. São Paulo: Paulus, 2003.

WRIGHT, D. Os ritos e mistérios de Eleusis. São Paulo: Madras, 2004.

 

Obras Consultadas

BRANDÃO, J. de S. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes, 1986. vol. I, II e III.

_____. Dicionário mítico etimológico. Petrópolis: Vozes, 1991. vol. I e II.

CAMPBELL, J. As máscaras de deus. São Paulo: Palas Athena, 1998. vol. I, II e III.

_____. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena,1994.

COSTA, J. F. Sem fraude nem favor. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

ELIADE, M. Il sacro e il profano. Torino: Bollati Boringhieri, 1992.

HILLMAN, J. O mito da análise. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

MAFFESOLI, M. A parte do diabo. Resumo da subversão pós-moderna. Rio de Janeiro: Record, 2002.

NEUMANN, E. O medo do feminino. São Paulo: Paulus, 2000.

_____. Amor e Psique. São Paulo: Cultrix, 1995.

ROUGEMONT, D. de. História do amor no ocidente. São Paulo: Ediouro, 2002.

SCHILLER, F. A educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 2003.

SCHOPENHAUER, A. Metafísica do belo. São Paulo: UNESP, 2001.

WOODMAN, M. A feminilidade consciente. São Paulo: Paulus, 2003.

_____. O noivo devastado. São Paulo: Paulus, 2006.

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